sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

As aventuras de Pi – “π" Inicio de ano novo e sempre desejamos as mesmas coisas. Coisas que penso parecer impossível de conseguir: Paz, harmonia e tranquilidade, afinal somos seres humanos. Saúde já faz parte de nós. O dia a dia é estressante e muitos pensamentos rondam ao mesmo tempo na mente, sem falar nos sentimentos desalinhados com nossos desejos. Por isso gosto do cinema. Longe de ser fuga e passa tempo, é maravilhoso, é relaxante. Conectado a este mundo em companhia de mim mesmo, acho que naquele momento bastava e precisava de fôlego, fui ao cinema. “As Aventuras de Pi” A mágica, a suavidade, a tranquilidade, a paz, e a harmonia de imediato tomam conta de você Um espetáculo de cores junto com a música e o visual nada mais é que uma meditação. O equilíbrio visto e sentido é a PAZ que desejamos aos que amamos e a nós mesmos. A liberdade de poder crescer e se alimentar de força, esperança e fé é confortante em vez de ficarmos confrontando com Deus e nem tudo que queremos e precisamos ou achamos que precisamos tem que ser na hora que queremos, por exemplo: A amizade e o amor. A paciência é uma virtude viva que sentimos os batimentos de seu coração, as vezes perdemos tantos sonhos porque não a obtivemos para alcançá-los. Na montanha russa da vida ela pode ser uma grande aliada. O processo é a atitude prazerosa que nos faz viver, o resultado nem sempre é exatamente o que queríamos, mas tentar nos move, nos tira do lugar onde estávamos impregnados de medo, compaixão e pena de nós mesmos e após atravessar a trajetória, qual estória você escolheria a real ou a que te conforta para o resto da vida? Uma ilha carnívora, uma baleia se alimentando de águas vivas que brilham, peixes voadores em imagens psicodélicas, Uma zebra, uma orangotango, um tigre (Richard Parker) e um adolescente ( Pi Patel) num bote salva vidas lutando pela sobrevivência que realidade tem isso? Pois é, isto é o cinema e pareceu real. Ang Lee foi abençoado em sua adaptação do livro ‘ A vida de Pi’ de Yann Martel , viajei em sua história como se viaja em uma boa meditação. Desejos a todos um feliz ano novo e que cada um encontre a Paz e o seu equilíbrio interior e que todos nós tenhamos mais paciência com a vida. Um grande abraço.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

UM DIA DE PRAIA

Sai cedo. Planejava curtir uma praia, relaxar, não fazer absolutamente nada e ficar apenas na areia olhando o horizonte, nem mesmo pensar em nada. Sentir meu corpo, minha alma e mente, conectados em um único prazer: ir a praia. É outono, temperatura amena e céu azul sem grande calor. Ainda assim, animado, sem receio, queria pisar naquela deliciosa areia e vibrar com sua energia, descarregar de ontem, de hoje e de amanhã os pesadelos oferecidos pela vida. Não sei que dia é hoje e para que preciso saber? Não quero nada mais do que o mar possa me oferecer, não quero ir com ele, simplesmente olhá-lo . Há muito não converso comigo mesmo, há muito não falo sozinho ou percebo minha exclusiva presença, ás vezes esqueço de mim e sinto saudades. Percebo apenas com essa sensação, a liberdade de voar e observar,  tal como um cientista querendo resultados, a imagem de planar e seguir, sem rumo, inspirado numa loucura a certeza de minha existência. Lá embaixo, vejo como insetos minúsculos a correria dos que não sonham como eu, pelo menos hoje, num dia que não sei qual é e não quero saber.
Acabou o trajeto, saltei do ônibus e corri para areia. É imprescindível e urgente pisar nela. Nessa época, muitos não vêm a  um lugar deste,  do que fez desse paraíso, vazio e fácil de sonhar. Sentei-me quase que como reverência saudando toda sabedoria que aquele equilíbrio, mar, areais e pássaros me transmitiam e tive a sensação de ouvir da primeira onda que bateu em meus pés, a educação, a saudação de um muito obrigado e seja bem vindo. Quem sou eu , um simples mortal, que não consegue ver a si mesmo para toda essa honra despojada dos deuses. Fiz-me de morto em nem mesmo agradeci. Não sabia o que aquilo tudo queria dizer. Caminhei, recolhi alguns dejetos  pelo caminho e quando cansava, sentava-me novamente. Assim, muitos minutos se passaram, tal com meu propósito inicial descarregava na solidão paradisíaca o pesar de não compreender nossos sentimentos.
E foi assim que continuou o dia. Até que de repente a tranqüilidade deu-se lugar a agonia. Uma linda gaivota, companheira que de vez em quando me presenteava com lindos arrasantes naquele azul imenso do mar, dera seu  mergulho de praxe. O mais alto, cheio de acrobacias, certeiro e mortal. Fiquei apreensivo, estávamos a uns trezentos metros um do outro separados pelas ondas que naturalmente iam e vinham e eu não conseguia avistar minha amiga que fora almoçar. Fiquei sem saber o que fazer, a vi mergulhar, mas não a vi voltar, então esperei. Esperei, esperei e esperei...
Ela não voltou.
A lua já havia se apresentado ao seu trono de direito e o sol se despedido fotograficamente no horizonte exibindo seus tentáculos de raios coloridos.
Como minha amiga não retornara, percebi o momento de ir embora. Como quem não quer deixar o bom para trás, sentia minha tristeza e lentamente me movia a deixar o lugar.  Já saudoso, devagar fui caminhando beirando o mar, e as ondas ainda pareciam me agradecer a presença, não olhava para trás, seguia adiante.
Já perto de um arraial, pequenas lanternas a gás iluminavam ajudando os pescadores puxarem suas redes, seguiria em frente e esqueceria aquele dia que não existiu para mim, quando numa das redes bem rente a mim exibia minha amiga com olhos abertos como se me enxergasse me dando adeus.
A vida é curta demais...

sábado, 2 de abril de 2011

Ray Charles, Billie, Whisky e Blues

Que horas são?
 Pergunto-me sem o menor interesse em saber. Por isso mesmo não deixo de dançar ouvindo um blues que vibram suavemente meus tímpanos. As vezes fecho os olhos e consigo ver o Ray Charles ao piano. Balanço o corpo prá lá e prá cá. Lento, sentindo o físico já anestesiado e formigando por causa do whisky.viver, música, faixa, cobrança
Acho que tenho que me levantar cedo amanhã, mas amanhã não é domingo? Novamente uma pergunta sem o menor interesse na resposta. O blues continua a tocar...
Não sinto sono, não sinto solidão, sinto apenas vontade de ouvir e dançar, curtir o blues.
Sempre que abro os olhos vejo o porta retrato com uma foto minha. Uma foto tirada na Bélgica. Tinha 30 anos. A pele ainda rígida, um rosto jovial, talvez ainda até acreditasse em coelhinho da páscoa. Essa foto foi tirada há 16 anos. O tempo passou rápido. Dizer que não percebi, é clichê. Passou rápido porque foram maravilhosos. Nas alegrias, sorri e fiz sorrirem, nas tristezas chorei, mas não quis que ninguém chorasse comigo, mesmo assim houve quem chorasse. Viver é isso, já dizia meu velho ‘amigo’ Charles Chaplin: “Ei! Não corra. Para que tanta pressa? Corra apenas para dentro de você.” Isso mesmo eu corri para dentro de mim e vi cada segundo de minha vida. Sou exclusivamente a percepção da vida que esses anos me deram. Celebro ainda a vida, sempre.
O copo esvaziou, o CD acabou e preciso de outro cigarro. Tempo para abastecer...
Pronto. Quem canta agora é Billie Holiday, o copo novamente cheio de whisky e estou dando baforadas para o ar. Que instrumento gostoso é esse agora fazendo um solo?  Juntou agora o piano e outro instrumento. E outro. Todos agora, a música ficou mais rápida. Estava balançando apenas as pernas e a cabeça, mas a vontade de dançar novamente me veio. Balanço o corpo todo agora. Apenas uma  frenética sensação de prazer.viver, jazz, &, blues, faixa, tocando, Instrumentos
Novamente a foto. Vejo o cachecol que ganhei da mãe de um amigo alemão enrolado no pescoço. Meus cabelos ainda vastos e pretos. Ao fundo do belo jovem da foto, um canal qualquer da Antuérpia.   Engraçado como voltamos, quando menos esperamos, aos lugares que já fomos. Bom deixa pra lá, a vida é muito complexa, não importa se somos crianças, jovens, meia idade ou idosos, o que importa é celebrar a vida, e neste momento estou celebrando com Ray Charles, Billie , whisky e blus. Feliz Páscoa a todos.
Tim Tim.

segunda-feira, 21 de março de 2011

INCÊNDIOS DE CADA DIA

Hoje é domingo, pé de cachimbo...
Como de praxe minha rotina: levanto-me da cama, vou ao banheiro escovar os dentes, tomar um banho e me arrumo para visitar meu meus pais. Antes, desço com meu pequenino e também vou a feira comer um pastel e beber caldo de cana. Este se tornou imprescindível nos meus domingos. Caminho pelo quarteirão com o William até sua necessidade fisiológica estiver completamente realizada, compro o jornal e volto. Estou pronto, agora posso ir ao meu pai. Estou com vontade  de ir ao cinema também. Mais tarde quem sabe. Meu amigo recomendou um filme imperdível e fiquei curioso. INCÊNDIOS.

Filme Incêndios

Seria um final de semana normal se o Presidente dos Estados Unidos não estivesse visitando a Cidade de Deus e ainda programado para ir ao Teatro Municipal no fim da tarde. As manchetes eram sua visita ao Rio de Janeiro – Brasil e sua autorização a bombardear a Líbia. Muamar Kadafi 41 anos no poder, ditador, massacra os rebeldes que querem uma democracia.
Em 1985, então no pré vestibular, li muito sobre esses ditadores, no entanto, me formei, me formei de novo, pós graduações e me esqueci de Kadafi. Minha surpresa foi justamente Líbia – Kadafi – massacre – ditadura – 41 anos ...
Meus sobrinhos estão lindos. Notícias ruins na família. Noticias boas. Os sobrinhos me dão uma canseira. Almoço e tiro uma soneca, mas primeiro tiros os dedinhos deles dos meus olhos que não querem que eu durma. Os ponteiros do relógio passam e eu acordo. É hora de voltar.
Vou ao cinema: Incêndios – 18:40 – Espaço de cinema – Botafogo – recomendação de um amigo.
Nada é por acaso.
Começou o filme, um silêncio total.
Cena um: crianças de um orfanato raspando as cabeças. Foco numa criança em especial e ao fundo música que me lembrava Vangelis, Enia e outros gêneros como  New age. Lindas músicas.
Cena dois: Dois irmãos, gêmeos, presentes para abertura de uma espécie de testamento, recebem do ex- patrão da mãe duas cartas: Uma ao pai e outra ao filho.
Cena três: Eu embasbacado com o filme. Assistir Incêndios foi sentir a vida leve, suave e a desejar coisas boas, muito boas para mim e agradecer seja lá quem for por ser brasileiro.
Assisti o filme com a sensação de estar com o roteiro em mãos de tão bem construído esta realidade e ficção. Um suspense intrigante de raciocínio lógico que te choca mesmo depois de acabado. Uma poesia de horror anunciado. Choca pelo horror humano que coincidência ou não, propositalmente ou não a ruindade sempre choca. Sem esconder cenas, um filme honesto, que em nossa cultura só de pensar nos faz refletir sobre a condição humana. Denis Villeneuve concorreu ao Oscar 2011 de melhor filme estrangeiro, mas não ganhou – Uma pena.
Já ia me esquecendo, Incêndios é um filme canadense e a história pode ser na LÍBIA  de KADAFI.
O restante do filme não precisa contar.
Nada é por acaso...

quinta-feira, 17 de março de 2011

CISNE REAL

Quando criança ouvia na vitrola a história do patinho feio. Um pequeno cisne que nasce na família de patos e por isso é diferente de seus irmãos. Sem saberem do por quê de sua diferença, desajeitado e pescoçudo,  o pequeno cisne cresce num ambiente de desprezo , tristeza e ofensas. Porém, o tempo passou e ele se tornou o mais belo cisne. Lembro-me até da musiqueta que infelizmente não tenho como reproduzir agora.Tudo isso foi muito tempo atrás, mas ontem fui ao cinema com um grande amigo assistir o filme Cisne Negro. Deixarei de lado o prazer que senti de estar do lado de um amigo que não via a três meses para outra crônica, esta tem outro foco. Um foco realista do Ser Humano.
 A arte imita a vida ou a vida imita a arte?
Num drama psicológico de grande simbolismo, a atriz principal, Natalie Portman, ganhadora do Oscar e Globo de Ouro com sua personagem Nina, precisa encarnar dois arquétipos para história. O Primeiro, a doce, inocente e graciosa menina criada pela mãe chantagista, bailarina frustrada por abandonar o balé devido a uma gravidez, é apropriada, perfeita para o papel  principal do clássico balé Lago dos Cisnes de Tchaikosvky” e o segundo, a mulher maliciosa e sensual para o balé revolucionário do diretor artístico Thomas Leroy, interpretado muito bem pelo ator Vincent Cassel criando o cisne negro na mesma bailarina. Para ganhar o papel, Nina precisa deixar aflorar seu lado amargo e sedutor, experiente e sexualmente resolvida, pois a bailarina principal faria os dois cisnes. Humilhada pelo diretor que busca sempre o lado negro dela, comparando- a com sua amiga de dança, Lily – personagem da atriz Mila kunis – Mulher bem resolvida, pragmática e arrebatadoramente sensual, a doce Nina se torna psicótica para ganhar o papel. Obcecada, Nina se joga no abismo das neuroses e consegue materializá-las, acreditando que para ser uma é necessário matar a outra sem perceber que  sua vida não é sua personagem e que sua personagem  não é sua vida. Glorioso a materialização do Cisne Negro. Um impulso biológico mental de instinto e imagem unindo verdade e fantasia, realidade e cinema.
A partir deste momento não vi mais o filme, apenas a vida de todos nós. Qual é o seu arquétipo? Qual é a sua personalidade? Quem é você? Quem somos nós? Quem somos para as pessoas e o que queremos ser para elas? Para o trabalho? Para os amigos? Transformar-se não é fácil e sermos muitos ao mesmo tempo só trás in

felicidade.
Por isso tudo me lembrei do pequeno patinho feio, que apenas me fazia sonhar que quando eu crescesse me transformaria num Cisne Real.
Mas a  verdade é que nunca deixaremos de ser o patinho feio.
Acho que a vida copia a ARTE.

terça-feira, 15 de março de 2011

Surpresas da Vida

É bem possível que amanhã não trabalharei.
 Sinto vontade de ficar embaixo de uma árvore, deixar as horas passarem sem que eu perceba e quando me der conta já anoiteceu de forma que faça sol ou chuva, eu continue ali sentado. Somente sairei de baixo daquela imensa árvore quando algum transeunte me comunicar de minha distração, mostrando-me as estrelas do céu reluzindo na escuridão do campo isolado com vaga-lumes brilhando ao me redor. Quero sentar-me embaixo da Eugênia que me disseram que é a fêmea do Jambo.
Sinto falta de paz, sinto falta de Deus.
Sinto falta dos esquecimentos propositais que a boa candura daquele lugar me proporciona. Nada de equações, nada de expressões matemáticas ou mesmo jornal com notícias que nos empurra para o abismo desacreditados.
È bem possível que amanhã não trabalharei.
Sinto vontade de caminhar ao amanhecer, sendo guiado pelo cheiro e o barulho do mar. De chinelos ou descalço, pisar em terra batida, entrar no quadrado e sentir a inspiração da igrejinha e seu cruzeiro, onde escravos, com sangue pelo corpo de chicotadas, serviram aos senhores dos engenhos. Passar pelo pequeno cemitério sem medo a qualquer hora, somente para pegar o caminho dos manguezais onde pegávamos caranguejos ou mergulhávamos para nos sujar de lama. Caminhar horas desprendido de obrigações, a olhar, ora para o céu azul, ora para os recifes que nos acompanham lado a lado ao horizonte e quando cansar, descansar em cabanas improvisadas com folhas de coqueiros que minhocas da terra fizeram a amenizar o calor de suas rotinas.
É bem possível que amanhã não trabalharei.
Sinto vontade de falar inglês, francês, alemão, italiano, grego ou qual quer outra língua que por lá esteja visitando afim de uma boa amizade sem se importar com a nacionalidade. Ir às festas cujos convites eram a todos na casa de Caetano que ficava em cima de uma árvore ou mesmo poder invadir uma que não fora convidado sem se sentir intruso. Sentar-me a um banco alto em qualquer bar que tenha  como novidade, uma latinha de coca-cola de óculos escuros, musical e dançante, a sensação do momento e ainda assim, já completamente embriagado cair ao chão de tanto rir sem a compreensão do que é aquilo.
É bem possível que amanhã não trabalharei.
Sinto vontade de não ter vontade de voltar para casa. Gastar na despedida num restaurante italiano,hoje, amanhã outro qualquer, os últimos trocados nos bolsos num pequeno cálice de licor Frangélico para degustar as maravilhas e as surpresas da vida.
É bem possível que amanhã não trabalharei.
Vou me embora para Trancoso, acompanhado de uma grande amiga, relembrar nossa juventude e rir de nossas inocências, ingenuidades e desconfigurar a saudade que me devora.
É bem possível que nada disso tenha acontecido.
É bem possível que não exista mais Trancoso.




PEQUENINO


Toda relação é uma troca. Se não houver essa troca é sinal que não existe o fundamental: a chance de se tornar amor. De início existe o não querer seguir adiante e a recusa pelo medo do que se tornará, mas já foi feito o contato e semeado o futuro. Não existe coincidência ou o acaso e sim as leis da física que regem o destino unindo os seres.
Por muito pouco quase perdi o que vivo hoje. Uma paixão intensa que para todo sempre se tornou amor. Por insistência da vida não tive como recusar e eternamente quero agora, este sentimento de cumplicidade, essa fusão real de espíritos. Primeiro veio ele, ainda bebe para crescer aos meus cuidados. Sua educação, seus sonhos, medos, realizações, sua coragem, sua saúde, em fim, sua dependência era certa e coube a mim, zelar pelo seu bem estar. Não estava em meus planos, mas quem disse que nossos planos dependem só de nossa persistência e firmeza, eles são mudados, sempre pelo invisível, nós que não sabemos e o resultado é o que tinha que ser.
Aprendi a diversificar os sentimentos, a construir argumentos, a intensificar sentidos e dividir atenção. Deixei de único para ser dois, fiz de sua vida, a minha e vivemos juntos. Divirto-me, mesmo cansado quando não querendo brincar e ele sim, com sua inesgotável energia infantil e animal, me assegurando que uma brincadeira me faria bem. Quando me vejo, já estou correndo pela casa atrás de sua imensa cauda parecendo um caracol e ele fugindo com alegria me mostrando o quanto sou importante. Sim, sou muito importante, pelo menos para willian que pela sua teatralidade chega a ser shakespeare. Sou importante e não me interessa mais o mundo, tenho agora meu mundo próprio e não estou mais só.
Meu pequenino, assim o chamo, não é de raça pura, cadastrado e com pedigree. Mas é especial e meu amigo.
Não sei o que rege a criação, a evolução e muito menos como classificam a cadeia alimentar, apenas vaga noção, entretanto meu pequenino, Willian Shakspeare é o topo de minha vida.
Obrigado meu pequenino